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Um novo estudo avaliou as taxas de rastreamento mamográfico entre mulheres com deficiência visual. De 1.044 mulheres com idades entre 65 e 72 anos, aproximadamente 56% daquelas com perda parcial ou grave da visão foram submetidas a 1 ou mais exames de mamografia em um período de 2 anos, em comparação com 69% das pacientes sem perda de visão.

Durante um período de 5 anos, as mulheres com deficiência visual foram submetidas a menos exames e foram significativamente menos propensas a fazer mamografia do que aquelas sem perda de visão. Com base nessas descobertas, os autores recomendam que os médicos procurem maneiras de encorajar os pacientes com deficiência visual a realizar os exames recomendados.

Mais uma evidência da relação entre boa visão e saúde!

Visite seu oftalmologista ao menos anualmente!

(Ophthalmology, Fevereiro 2021)

*As informações contidas nesse site obedecem as normas emanadas da Resolução 1974/11 do Conselho Federal de Medicina, que dispõem sobre publicidade médica. A apresentação de doenças e procedimentos não expõem, dessa forma, imagens de pacientes que tenham sido ou que são acompanhados pelo profissional médico.

** Todas as imagens e ilustrações contidas neste site (salvo aquelas de propriedade dos autores ou de outrem, casos em que a autoria é informada) são de domínio público ou foram obtidas em base de imagens com licença gratuita de uso.

Segundo um hipótese lançada há algum tempo, quem tem astigmatismo poderia se equiparar a um El Greco quanto à visão de mundo!
Mas não, El Greco (1541-1614) não tinha astigmatismo, apesar de seu gosto por desenhar seus personagens um tanto alongados. De qualquer forma, nos séculos XVI e XVII nada se sabia sobre esta doença ocular que atualmente corresponde a uma porcentagem considerável dos pacientes que necessitam de correção de grau.

Assim, parece que a paixão do pintor pelo alongamento das figuras se devia a um capricho estético e não a um defeito visual, como defendeu o oftalmologista aragonês Germán Beritens em 1912 em artigo intitulado “Por que El Greco pintou como pintou?”. A verdade é que a teoria sobre o suposto astigmatismo do pintor gerou polêmica nos jornais da época e foi refutada por inúmeros especialistas. Posteriormente, concluiu-se que seu estilo particular é  explicado pela influência de pintores anteriores, como Michelangelo, Rafael e Parmigiano, cujo trabalho também tende a retratar membros alongados, pequenas cabeças e características faciais estilizadas.

Na época de Doménikos Theotocópoulos (como o artista era chamado) apenas a miopia e a presbiopia eram conhecidas, mas os óculos já eram usados para tratar esses problemas de visão. Foi só em 1801 que o britânico Thomas Young descobriu o astigmatismo, quando percebeu que irregularidades na curvatura da córnea faziam com que a luz fosse projetada em mais de um ponto da retina, condição que resulta na percepção dos objetos como imagens embaçadas e deformadas, com direção determinada pelo eixo do astigmatismo (aquele que aparece na receita de óculos). Compare o alongamento da face na pintura “Retrato de um cavalheiro ancião” com o aspecto dos números do relógio à direita da imagem.

Os astigmatas temos alma de artista! 🙂

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A cirurgia endoscópica, ou endonasal, possibilita o tratamento adequado de pacientes com secreção ocular e lacrimejamento por obstrução da parte baixa do canal lacrimal, que escoa nossas lágrimas para o nariz. É procedimento que apresenta taxa de sucesso comparável ao tratamento clássico com incisão na pele, mas com os benefícios de não haver cicatriz cutânea, de recuperação mais rápida (principalmente em relação ao edema e arroxeamento próximo do olho) e de tratamento de doenças nasais associadas, quando presentes, como desvio septal ou aumento de tecidos intranasais. Para isso, a equipe cirúrgica é multidisciplinar, com a participação de médicos otorrinolaringologistas. Isso, além dos benefícios técnicos oferecidos ao paciente, sempre me permite operar ao lado de ótimos colegas e também em família!

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Mas que conversa é essa? rs

 

Foi uma metáfora que utilizei para explicar a uma paciente que perguntou o motivo da Oculoplástica (cirurgias e tratamentos de doenças palpebrais) ser parte da Oftalmologia.

 

A ostra mantém a integridade de suas conchas, com abertura e fechamento em amplitude e momentos adequados, e de todas as suas demais estruturas de forma a garantir o adequado funcionamento desse organismo.

 

Mas o que seria da pérola se nada disso funcionasse? Nem existiria! E caso não existisse, o trabalho da ostra perderia em muito o seu sentido.

 

Por isso o médico oftalmologista se dedica ao cuidados das pálpebras e das estruturas anexas. Para preservar o mais nobre, que é por elas guardado! 🙂

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Em estudo publicado em maio de 2020 no JAMA Ophthalmology, os pesquisadores usaram dados agrupados de crianças em três estudos de base populacional com desenhos comparáveis, ou seja, MEPEDS em Los Angeles, Califórnia; STARS em Singapura; e SPEDS em Sydney, Austrália. A coorte de análise incluiu um total de 9.793 crianças, incluindo 4.003 participantes asiáticos, 2.201 participantes afro-americanos, 1.998 participantes brancos hispânicos e 1.591 participantes brancos não hispânicos. Exames oftalmológicos abrangentes foram realizados em todas as crianças.
A miopia materna e paterna foi associada a uma maior prevalência de miopia nos participantes do estudo. A miopia parental de início precoce (antes dos 12 anos de idade) foi associada mais fortemente ao erro refrativo miópico em crianças do que a miopia parental de início adulto. Ter dois pais com miopia foi consistentemente associado a um maior risco de miopia nos participantes do estudo. Em comparação com crianças sem miopia parental, as razões de chances (chance do evento ocorrer em um grupo em relação a outro grupo) para miopia de início precoce foram de 1,42 para crianças com 1 pai com miopia, 2,70 para crianças com 2 pais com miopia e 3,39 para crianças com 2 pais com miopia de início na infância.Dentre as principais limitações do estudo, temos a definição de miopia como um erro refrativo equivalente esférico de -0,50 grau ou menos no olho mais míope; no entanto, em crianças pequenas (<36 meses), a miopia pode resolver com emetropização (regressão do grau). Além disso, a história dos pais de miopia e idade de início foi baseada na história relatada por um único pai ou mãe ou responsável, o que poderia levar a um viés de recordação.

Nos participantes desse estudo, a história dos pais de miopia foi fortemente associada a um maior risco de miopia de início precoce. O risco era maior se os dois pais tivessem história de miopia, principalmente se a idade de início dos pais fosse anterior a 12 anos.

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O exame oftalmológico é indispensável para o diagnóstico de inúmeras doenças oculares, assim como diversas doenças sistêmicas, nas quais os sinais e sintomas oculares podem representar a primeira manifestação.

Procure regularmente seu médico oftalmologista, em todas as fases da vida!

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Um estudo avaliou o efeito do uso do smartphone nos olhos de pacientes com glaucoma de tensão normal tratados.

Quarenta pacientes bem controlados com colírio e 38 com cirurgia de glaucoma prévia bem-sucedida foram convidados a ler e digitar em um smartphone, em condições de pouca luz. Ao longo de 25 minutos, o grupo de que usava colírio mostrou um aumento de 26% na pressão intraocular (PIO). Por outro lado, a PIO no grupo de cirurgia aumentou 10% em 5 minutos e permaneceu estável a partir de então.

Ambos os grupos retornaram à linha de base dentro de 5 minutos após a interrupção. Os autores concluem que o uso de smartphones com pouca iluminação nessa população de pacientes causa flutuações transitórias da PIO, mas o efeito é minimizado naqueles que foram submetidos à trabeculectomia anteriormente.

(British Journal of Ophthalmology, Maio 2020)

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Este estudo investiga o efeito do delineador na instabilidade do filme lacrimal e na gravidade da disfunção da glândula de Meibomius (GM). Os autores examinaram 42 mulheres saudáveis sem sintomas de olho seco que foram classificadas como usuárias frequentes de delineadores ou abstêmias do uso.

O tempo de ruptura da lágrima foi significativamente menor no grupo delineador, enquanto a classificação  da GM e os escores meibomianos foram maiores. A inflamação conjuntival foi 4 vezes maior.

Outros resultados, como sintomas da superfície ocular e escores de coloração com fluoresceína, foram comparáveis entre os grupos.

O estudo conclui que o uso regular de delineador induz a instabilidade do filme lacrimal e a disfunção da glândula de Meibomius, reforçando achados que já observamos corriqueiramente em pacientes que fazem uso frequente de maquiagem.

(Cornea, Abril 2020)

Este estudo multicêntrico avaliou a relação entre o seguimento das orientações dadas sobre a medicação e a progressão do campo visual. Os autores avaliaram a adesão ao tratamento a cada 6 meses por até 10 anos em 307 participantes com glaucoma recém-diagnosticado.

A observância completa à medicação prescrita foi relatada por 46% dos participantes, 37% dos participantes relataram falta de doses de medicação em um terço das visitas, 10% em dois terços das visitas e 7% em mais de dois terços das visitas.

Os do último grupo perderam uma média maior de sensibilidade de campo visual em 8 anos. Por outro lado, a perda de visão entre os que relataram observância completa à medicação prescrita foi consistente com a perda relacionada à idade, ressaltando a relação entre a observância à medicação e a perda de visão em pacientes glaucomatosos.

 

(Ophthalmology, Abril 2020)